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Boletim CESIT

Boletim Trimestral do Mercado de Trabalho – 3º trimestre de 2025

Edição trimestral reúne indicadores atualizados sobre participação, ocupação, desemprego, informalidade e renda, evidenciando desigualdades regionais e estruturais que moldam o mercado de trabalho brasileiro.

O Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), do Instituto de Economia da Unicamp, divulgou a nova edição do seu boletim trimestral com indicadores detalhados sobre a dinâmica recente do mercado de trabalho brasileiro. O material sistematiza dados da PNAD Contínua Trimestral, do IBGE, e apresenta recortes por sexo, raça, estados e faixas etárias, oferecendo um panorama consolidado do período.

A taxa de participação — proporção de pessoas em idade ativa que estão trabalhando ou buscando trabalho — ficou em 62,2% no país. As diferenças regionais permanecem relevantes, com taxas acima de 66% em estados como Mato Grosso, Paraná e São Paulo, e abaixo de 53% em unidades federativas do Nordeste, como Alagoas, Maranhão e Rio Grande do Norte.

A população fora da força de trabalho alcançou 65,9 milhões de pessoas, proporção que cresce sobretudo entre mulheres e trabalhadores mais jovens que acumulam responsabilidades de cuidado. Entre os motivos mais frequentes para não buscar trabalho no período de referência, destacam-se afazeres domésticos e cuidado (22%), problemas de saúde (20,6%) e a percepção de que não havia trabalho disponível na localidade (19,3%).

A População Economicamente Ativa (PEA) atingiu 108,5 milhões de pessoas, e o nível de ocupação ficou em 58,7% — indicador que mede a parcela da população em idade de trabalhar que estava ocupada na semana de referência. As taxas mais elevadas de ocupação se concentram na Região Sul e em alguns estados do Centro-Oeste, enquanto Nordeste e parte da Amazônia Legal apresentam níveis inferiores.

A taxa de desemprego nacional foi de 5,6%. Jovens de até 29 anos continuam mais expostos à rotatividade e às barreiras de entrada no mercado, registrando taxa de 10,1%. Entre adolescentes de 14 a 16 anos, o indicador alcança 22,9%, refletindo maior instabilidade e obstáculos educacionais e territoriais.

O boletim também monitora a subutilização da força de trabalho, que agrega desocupados, subocupados por insuficiência de horas e pessoas da força de trabalho potencial. Essa taxa ficou em 14,4%, com valores acima de 20% em diversos estados do Nordeste e abaixo de 7% no Centro-Oeste e em Santa Catarina.

A informalidade, calculada segundo metodologia própria do Cesit, correspondeu a 47% dos trabalhadores ocupados. As maiores proporções concentram-se no Norte e Nordeste, chegando a 67,6% no Maranhão e 62,9% no Pará. Já as menores taxas aparecem no Distrito Federal (35,4%) e em Santa Catarina (35,6%).

A remuneração habitual média ficou em R$ 3.506,54, com variações expressivas entre estados e entre homens e mulheres. O Distrito Federal, cujo valor não é incluído no gráfico para evitar distorções, registrou média de R$ 6.145,20. Os rendimentos mais baixos concentram-se nos estados do Norte e Nordeste, reforçando o padrão histórico de desigualdades regionais.

Produzido pelo Cesit em parceria com o Fundo Brasil, o boletim busca facilitar o acesso público a informações oficiais e permitir acompanhamento regular das condições de participação, emprego, informalidade e renda no mercado de trabalho brasileiro. A divulgação é livre, mediante citação da fonte.

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