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As desigualdades sociais e a luta pela redução da jornada de trabalho: limites e possibilidades

Magda Barros Biavaschi e Bárbara Vallejos Vazquez, aborda a luta histórica pela redução da jornada de trabalho e suas implicações no contexto das desigualdades sociais no Brasil.

O artigo, escrito por Magda Barros Biavaschi e Bárbara Vallejos Vazquez, aborda a luta histórica pela redução da jornada de trabalho e suas implicações no contexto das desigualdades sociais no Brasil. Partindo de reflexões de pensadores como Marx, Freud e Polanyi, as autoras discutem como a regulamentação do tempo de trabalho foi fundamental para a construção de sistemas de proteção social, especialmente em um país marcado por profundas desigualdades.

O texto recupera a trajetória das conquistas trabalhistas no Brasil, desde a jornada de 8 horas diárias, estabelecida em 1932, até a redução para 44 horas semanais na Constituição de 1988. Atualmente, a discussão sobre a redução da jornada para 36 horas semanais, proposta pela Deputada Federal Erika Hilton, ganha destaque, especialmente diante da escala 6×1, que tem sido alvo de críticas por sua exaustividade.

As autoras destacam que a redução da jornada não apenas melhora a qualidade de vida dos trabalhadores, mas também pode impactar positivamente a economia, aumentando a demanda por consumo e redistribuindo o tempo dedicado ao trabalho remunerado e não remunerado, especialmente no caso das mulheres, que historicamente assumem a maior carga de cuidados domésticos.

O artigo também traz exemplos internacionais, como a experiência espanhola, que recentemente aprovou a redução da jornada para 37,5 horas semanais, reforçando a viabilidade e os benefícios dessa medida. No Brasil, a proposta de redução da jornada é vista como um passo importante para enfrentar as desigualdades estruturais e promover uma sociedade mais justa.

Em síntese, o texto defende que a redução da jornada de trabalho é uma reivindicação essencial para a justiça social, contribuindo para a humanização das relações de trabalho e para a construção de um sistema econômico mais equilibrado e inclusivo.

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